Blogar e coçar, é só começar!

Por Marcie Grynblat Pellicano |

Começo o texto com uma afirmação que é uma espécie de descoberta da pólvora: são vários os motivos pelos quais uma pessoa começa a blogar.

Algumas, para relatar uma viagem em tempo real aos parentes e amigos que ficaram para trás. Ou para a frente, dependendo da direção, horária ou anti-horária, que você tiver tomado…

Outras, para escrever um diário que, de início, costuma ser apenas para uso próprio. Mas aí chega um amigo que elogia o texto; chega outro que acha lindas as fotos; chega um terceiro; chega um quarto… e você acaba se convencendo de que deve tornar público tudo o que registrou…

Outras ainda começam a blogar graças a um mecanismo que a gente poderia chamar de saudável imitação: viram a página de um amigo, ou de mais de um amigo, gostaram da ideia e decidiram se aventurar. Com a certeza, é claro, de que o trabalho será decididamente superior. Ou, no mínimo, diferente…

Ah, sim, há também as pessoas que decidem fazer do blog sua profissão. Escolhem um assunto de interesse, especializam-se nele, produzem um conteúdo diferenciado – pois existem milhões e milhões de pessoas fazendo a mesma coisa – e, como o blog passa a ser ferramenta de trabalho, passam a comercializar o espaço via publicidade ou patrocínio. Até aí tudo bem, afinal é esse o modelo de negócio que sustenta 99% da mídia mundial. O importante, entretanto, é lembrar que a maneira como essa publicidade é apresentada (transparentemente ou bellow the fabric) é que vai determinar a reputação do blog. A propósito disso, sugiro que você leia este post aqui para entender tudo direitinho…

Finalmente – finalmente é modo de dizer, pois são infinitos os motivos pelos quais uma pessoa começa a blogar – há aqueles que começam a blogar com o objetivo de se integrar a uma comunidade ou, trocando em miúdos, conhecer novas pessoas. Ficar in em vez de out: o blogueiro surgindo por necessidade de inclusão…

Acabei listando cinco maneiras de virar blogueiro, mas na verdade não importa muito o caminho trilhado até chegar ao blog. O que importa mesmo é como você vai conduzir sua criação. Como você pretende administrar forma e conteúdo. Do ponto de vista de forma, a coisa até que é simples e divertida: escolher plataforma, hospedeiro, layout, plugins, fontes, abrir contas no twitter e no facebook, etc, etc. É na definição de conteúdo, entretanto, que a fêmea do suíno torce a cauda.

Escolher seu assunto, pesquisar a fundo, definir se o blog vai relatar apenas suas experiências ou se você pretende partilhar informações. Se optar por essa última alternativa, trate com muito cuidado o material recebido. Cheque e, na dúvida, double check. E se você decidir abrir sua caixa de comentários, esteja preparado para responder a todo tipo de pergunta, aceitar críticas, e ficar feliz com os elogios. Todo feedback obviamente é importante: o diálogo com o leitor trazendo cada vez mais consistência e relevância para o blog.

Acrescentaria um comentário final à área de conteúdo: embora o domínio da língua seja condição sine qua non para a carreira de blogueiro, muitos continuam achando dispensável o conhecimento da gramática, a leitura continuada de bons autores, etc,etc. Os que pensam assim infelizmente não poderiam estar mais equivocados. O mau português desqualifica não só o texto como também o blog. Cuidado, portanto, futuros blogueiros!

E boa sorte a todos. Só de pensar que alguém possa ler esse texto e se interessar pela atividade, já começa a me dar coceira…

Marcie Grynblat Pellicano
Blogueira Amadora – Abrindo o Bico
Diretora para Assuntos Internacionais, ABBV.
___________________________

Foto: Dreamstime®

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Respostas de 6

  1. Gostei do texto.
    Me vejo no caso de compartilhar a experiência para ajudar quem pretenda visitar o destino, até mesmo porque nada mais agrada do que aquela pergunta mais curiosa a respeito de um destino ou um pedido de pitaco no roteiro. Acho que este é a melhor recompensa que podemos ter!
    Abraço.

  2. Adorei! Eu comecei com o blog de casamento e estou seguindo pro novo vicio: viajar.
    Mas eu acho que comecei a blogar pra vencer a preguiça de ficar o fds inteiro em casa. Porque se eu tenho um blog preciso sair e conhecer mais lugares para dar dicas!

    Pessoalmente, tem funcionado muito!

  3. Oi, gostei muito do post.. Bom para refletir, para repensar.. São tantas razões, a minha foi desejar a realização de algo que me permitisse escrever, partilhar, fazer amigos e que estivesse totalmente e irremediavelmente desvinculado de minhas atividades profissionais. Busquei um lazer numa outra forma de trabalho, pois meu pequeno e novo blog tem me mobilizado. Já estou identificando falhas, aspectos a serem melhor trabalhados e outros, o que certamente gerará uma melhor qualudade a médio prazo, me falta experiência. Viu como seu post me fez refletir?? Isso é maravilhoso! Abraços!
    Paula
    http://www.mochilinhagaucha.blogspot.com.br

  4. Eu comecei a blogar porque tanta gente veio me pedir dicas pra Patagônia que resolvi escrever logo, pra não ter que contar a mesma história várias vezes.
    Terminei os posts sobre a Patagônia mas a vontade de escrever não acabou… Aí escrevi de Minas… Nordeste… Acho que não vai acabar mais não 🙂
    Legal sobre as dicas do Português, ninguém merece blog analfabeto!

    Sou sua fã, Marcie! Achei o seu cargo aqui na ABBV muito chique 🙂

  5. Amei esse texto! Me deu coceira e coragem de levar o meu para a frente.

    Acho que todo motivo é válido, mas não têm a minha audiência um blog de viagem que mostra mais a roupa que a autora usou em determinado local do que dicas úteis para viajantes. Blogs de moda estão aí pra isso e com audiência tremenda. Mas o que mais me envergonha são os erros de português de blogueiro que é formado em jornalismo. Eu, como jornalista, comunicadora e futura-quem-sabe blogueira, me sinto envergonhada e triste. Só leio blog associado a ABBV, é o Iso 9001 do blog de viagem. rsrsrs A
    braço a todos!

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